Conheça a Cayena, um marketplace B2B focado no segmento de food service que simplifica o processo de compra de restaurantes, bares, hotéis e dark kitchens

Grão Venture Capital, 14 de outubro de 2021
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Juliana Soares

A Cayena surgiu em 2019 com a proposta de simplificar o setor de alimentação. A foodtech é um marketplace B2B que digitaliza o processo de compras dos mais variados tipos de insumos para donos de cozinhas industriais. A plataforma, que oferece mais de 20 mil itens, viabiliza a conexão entre fornecedores e donos de restaurantes, bares, lanchonetes, hotéis e dark kitchens. A entrega é feita no dia seguinte ao pedido e há a possibilidade de prazo para o pagamento.  

Podemos dizer que a Cayena tem na sua essência uma mistura de temperos e culturas. Ela nasceu da parceria entre três amigos dos tempos da faculdade: o baiano Pedro Carvalho, o paulista Gabriel Sendacz e o argentino Raymond Shayo. Apesar de terem seguido caminhos profissionais no mundo corporativo, o trio nunca deixou de conversar sobre empreendedorismo e pensar em novas formas de negócio.

Buscar um problema atual que pudesse ser resolvido na próxima década foi o que norteou o caminho dos amigos. Foi a partir disso que eles viram no marketplace B2B uma oportunidade. O mercado é pouco digitalizado, tem um ticket médio alto e uma frequência maior que a do mercado B2C. A opção pelo setor de alimentação veio por influência de Pedro, que cresceu vivenciando a realidade do mercado de food service, uma vez que sua família é dona da maior rede de delivery de comida japonesa de Salvador. A combinação da expertise dos três fundadores tornou a Cayena realidade e fez com que a empresa tivesse um crescimento de mais de 30 vezes no último ano.

Antes do primeiro MVP, Pedro, Gabriel e Raymond saíram a campo para conversar com diversos donos de cozinhas industriais e fornecedores e, assim, entender a realidade do setor como um todo. Foi depois dessa etapa que eles bateram o martelo e o negócio se concretizou. No início, a equipe era reduzida e os sócios colocaram a mão na massa para fazer a empresa deslanchar, fazendo inclusive as entregas em seus próprios carros. 

De lá para cá a realidade da Cayena mudou muito. A startup não só sobreviveu à pandemia como cresceu bastante nesse período. A empresa se fortaleceu, o time aumentou e a relação com os parceiros se solidificou nesses últimos doze meses. 

A solução oferecida pela Cayena cumpre o objetivo da empresa de simplificar o setor de alimentos ao conectar os elos da cadeia. Todo o processo de compra é feito através do site ou do aplicativo da empresa sem qualquer custo. Na ponta dos restaurantes, o primeiro passo é fazer um cadastro na plataforma. O usuário deve escolher a data e o período da entrega, selecionar os produtos que deseja e finalizar a compra. Depois é só acompanhar o pedido. Verdadeiramente simples. 

Com relação aos fornecedores, eles também precisam se cadastrar. Após essa etapa, a Cayena faz uma pré-qualificação dos parceiros e, se aprovados, são incluídos na plataforma. Os dois elos, restaurantes e fornecedores, passam a fazer parte de uma rede de contatos bastante ampla. Isso possibilita que donos de cozinhas industriais encontrem preços mais competitivos e produtos mais variados, e que fornecedores cheguem a um número exponencialmente maior de possíveis clientes. 

A Cayena já cresceu muito desde a sua fundação e pretende chegar cada vez mais longe. Com uma retenção de vendas para os clientes cadastrados na plataforma de mais de 100% ao mês, eles tendem a seguir utilizando a solução da foodtech, que pretende chegar a R$100 milhões em vendas no próximo ano. O crescimento também deve passar pela equipe. Atualmente, a empresa tem um time de 25 pessoas, e a ideia é chegar a 100 colaboradores em 2022. Os recursos financeiros que vão apoiar o crescimento da Cayena já estão garantidos. Recentemente, eles captaram R$20 milhões através de uma rodada Série A. Nada mal!

Quando nos conhecemos

Cayena e Grão se conheceram há mais de um ano, em meados de 2020, quando Pedro, Gabriel e Raymond ainda estavam buscando product market fit e construindo a base para que o negócio fosse escalável. “Estamos muito felizes com essa nova parceria, e tenho certeza que pelo fato da Grão estar em contato frequente com grandes startups, vai trazer para nós uma boa visão de melhores práticas de operação, crescimento e governança”, diz Gabriel. Ele acredita que a Grão pode contribuir com uma visão antenada do mercado, além de ser um VC forte e de muita credibilidade. “A gente tem certeza que tê-los como sócios é uma placa que também vai mudar a visão institucional da empresa”, completa Gabriel.