Conheça a Mais Mu, a empresa que inovou no mercado de superfoods e transformou a imagem dos suplementos esportivos
Amanda Tucci
Os colegas de faculdade Otto Guarnieri e Antônio Neto enxergaram uma possibilidade no mercado de suplementos esportivos que partiu de uma necessidade própria: os produtos existentes eram ou caros demais ou não atendiam à proposta que eles buscavam. Depois de ambos terem feito programas de intercâmbio em Copenhagen e na Califórnia, lugares que já possuíam uma cultura diferente em relação a este tipo de alimento, eles resolveram importar a ideia e criaram um produto novo, acessível e com um branding completamente inovador.
“Eu gosto de dizer que a Mais Mu nasceu de uma dor nossa, nós é que buscávamos um produto parecido em primeiro lugar. Queríamos um produto que estivesse desconectado de todo aquele tabu que liga o suplemento de proteína à “bomba”, que pudéssemos comprar em qualquer lugar e que tivesse um bom custo-benefício. Tanto eu quanto o Antonio moramos em um lugar onde podíamos comprar proteína de qualidade até mesmo na faculdade e é isso que pensamos em trazer”, conta Otto, cofundador da Mais Mu.
Depois de voltarem ao Brasil, em meados de 2014, decidiram trocar o estágio pelo empreendedorismo e começaram a colocar a ideia em prática. Assim, logo no início de 2015, começaram a comercializar o primeiro produto da empresa, um suplemento de proteína em dois sabores: baunilha e morango. O pózinho vinha no fundo de uma garrafinha plástica sendo só necessário adicionar água e chacoalhar para consumir e as primeiras unidades foram vendidas dentro da própria faculdade. “No nosso primeiro ano nós vendemos relativamente pouco, mas foi o suficiente para enxergar a escalabilidade do negócio. Havia uma demanda por outros sabores e a identidade visual da marca e o modelo do produto pegou muito bem, o pessoal gostou da ideia de trazer o suplemento de uma forma mais fun mostrando que não é preciso ser bitolado para ser saudável”, conta Otto.
Otto e Antônio começaram a empreender com um investimento próprio, reinvestindo tudo o que era angariado pelas vendas e aprimorando o negócio. Em 2016, a Mais Mu passou por um relevante crescimento e começou a ganhar maior notoriedade no mercado em função do lançamento de uma nova linha, a Muke, além de começar a ter os produtos vendidos em lojas como Mundo Verde, St. Marche e Drogaria Iguatemi. A dupla, ainda na faculdade, fechou o ano com mais de R $1 milhão em vendas e uma longa trajetória pela frente.
O crescimento da empresa continuou de forma orgânica: o lucro era reinvestido no negócio e isso permitia que novos produtos fossem sendo lançados e que o time fosse expandido. Em 2018, após adquirirem uma outra marca, começaram a produzir variados tipos de snacks, o que segundo Otto tem mudado a história da empresa. Entre o fim de 2019 e o início de 2021, a empresa estava pronta para se abrir à investimentos externos e passou por duas rodadas de investimento levantando cerca de R $5 milhões.
Como nos conhecemos
A Grão foi apresentada à Mais Mu por meio de um amigo em comum. Depois de algumas conversas, a Grão mostrou interesse em entrar em uma primeira rodada de investimentos logo que a Mais Mu começou a procurar captação. “A Grão vai além do investimento, é uma relação de muita troca. Eles dão muita autonomia para o empreendedor. Dão suporte sem ser um peso, sem cobrar nada, nossa relação é de colaboração. Nós tínhamos um certo receio em captar investimentos externos, demoramos para fazer isso, mas a Grão conquistou nossa confiança logo no início”, diz Otto Guarnieri. Além disso, a Grão procurou sempre prestar toda a ajuda possível, apresentando a Mais Mu à outras empresas e ajudando a tomar decisões estratégicas, “eles realmente contribuem, prestam assistência, nos ajudam a pensar, nos apresentam a empresas que desejamos conhecer, estão sempre presentes mesmo”, completa Otto.